terça-feira, 22 de novembro de 2011

"Pizza quattro formaggi" (Pomodori - Belo Horizonte, MG)

A Pomodori se tornou uma das melhores pizzarias - quiçá a melhor - de Belo Horizonte graças a suas ótimas redondas, oferecidas em fartas fatias todos os dias da semana.

Entre as dezenas de sabores, destaca-se a preparada com quatro queijos, anunciada no cardápio como quattro formaggi, como reza a cartilha na Itália.

Servida apenas às quintas-feiras no sistema de fatias, ela é preparada com muçarela, requeijão cremoso, parmesão e gorgonzola. E é aí que está o diferencial, já que a esmagadora maioria das pizzarias da cidade não utiliza este nobre e intenso queijo de origem italiana.


A massa assada em forno a lenha tem pontinhos pretos na base e recebe a cobertura da onipresente muçarela e do requeijão cremoso na medida certa, sem aquele excesso que pode transformá-la em algo parecido com uma argamassa. O parmesão fica responsável pela crocância e o gorgonzola pela suntuosidade. O orégano é o toque final nesta pizza perfeita.


A fatia sai por R$4,90, e o bom chope Backer, a R$3,90, proporciona boa harmonização.


Para conseguir as melhores fatias, vale a pena esperar a fornada do sabor desejado, ao invés de deixar o garçom servir um pedaço recolocado no forno para esquentar, como é comum acontecer neste sistema.

Portanto, a paciência é a principal aliada para se conseguir os pedaços mais suculentos, com a consistência perfeita e no auge da beleza, do aroma e do sabor.

Se o raro leitor não quiser esperar pela quinta-feira, a pizza aos quatro queijos está disponível no cardápio a R$15,90 no tamanho brotinho; a R$29,90 no tamanho médio, com quatro fatias; a R$36,90 no tamanho grande, com seis fatias; e a R$44,90 no tamanho gigante, com oito fatias.

Vale ressaltar que os pizzaiolos da noite são mais competentes e generosos que os do horário de almoço.

Funciona todos os dias da semana até meia-noite e aceita cartões Visa e Mastercard de crédito e de débito. No domingo não abre para almoço.


POMODORI
Rua Paraíba, 1356 - Savassi
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3281-9299

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Coxinha de frango com requeijão" (Leo Gourmmet - Belo Horizonte, MG)

Pense rápido em um salgadinho tipicamente brasileiro.

Tenho certeza de que boa parte dos leitores deste espaço pensou na amada e idolatrada coxinha, que com o passar do tempo foi sendo maltratada dia após dia, seja em padarias, lanchonetes ou botecos que a transformaram numa espécie de bola de azia.

Mas existem exceções, e uma delas é a coxinha de frango com requeijão do Leo Gourmmet (com duplo M mesmo), casa simples e aconchegante localizada em rua tranqüila do bairro da Graça.

Leo Gourmmet tem ambiente simples e rústico


O lugar merece aplausos pela honestidade na descrição dos ingredientes. Ali ninguém se sente enganado, como acontece na esmagadora maioria das casas que oferecem o salgado e que dizem usar o requeijão cremoso da marca Catupiry.

Digno de mais aplausos é o fato de que as coxinhas só são fritas após o pedido do cliente. Por isso, vale a pena esperar cerca de 10 minutos para dar a primeira mordida nela e sentir uma confortante paz.

Salgado só é frito após pedido do cliente


A saborosa massa é o diferencial do produto. Ela é sequinha, fina e crocante. O recheio tem bom equilíbrio entre o frango, que poderia ser mais potente, e o requeijão. Custa R$2,60 e tem tamanho médio. Dá pra comer duas tranquilamente.

Coxinha de frango com requeijão custa R$2,60

Mais três opções de recheio são oferecidas. Frango (R$2), camarão com requeijão (R$3,20) e requeijão (R$2,10).

A de frango é apenas razoável, pois a massinha interna que envolve o recheio poderia ser menos abundante. A de camarão perde pontos por não oferecer um crustáceo inteiro, grande e suculento, da maneira como era preparada na extinta Doce Docê. Já a curiosa coxinha recheada apenas com requeijão é saborosa, mas um pouco forte.

Vale destacar que a massa de todas elas é excelente e de ótima qualidade. Mas como o povo é sábio, a campeã de vendas é a de frango com requeijão, disparada a melhor.

As coxinhas são o carro-chefe do bar, mas o cardápio oferece também petiscos, salgados, empadas e pastéis. Há cervejas em garrafas de 600ml, entre elas Heineken, a R$4,40, e chope da marca Soft Beer.

Apesar de desconhecido para muita gente, o Leo Gourmmet, ou Leo Coxinha, como é conhecido na região, tem 23 anos de existência, e há três está no imóvel atual.

Leo Gourmmet oferece coxinhas há mais de 20 anos

Funciona de segunda a sábado, de 17h:30 à meia-noite. Aceitas cartões de crédito e de débito e oferece serviço de entrega em domicílio.

O ponto negativo vai para a trilha sonora do local, que tem TVs que transmitem shows em DVD e videoclipes em canais de música. Sertanejo e o pop descartável de Beyoncé, Black Eyed Peas e similares são os gêneros preferidos no ambiente. Porém, tudo isso foi salvo no final pela polêmica e talentosa Amy Winehouse, verdade seja dita.

Mas como a música não é o principal neste caso, vale a pena ir até o local - o que para muitos pode significar atravessar a cidade - para experimentar uma coxinha de frango com requeijão frita na hora e descobrir que aquele salgado servido em muitos lugares não merece ser chamado por este nome.

Local fica em rua tranquila do bairro da Graça



LEO GOURMMET
Rua Jurema, 147 - bairro da Graça
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3442-9440

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Provolone com abacaxi na chapa" (Rola Papo - Belo Horizonte, MG)

A costela de boi na brasa do Rola Papo é famosa em todo o bairro Anchieta e adjacências. 

Mas como ela só é servida às quintas-feiras, nos outros dias da semana paira no ar dúvida a respeito de o que pedir neste tranquilo boteco de esquina. 

Boa parte dos fregueses se garante com os petiscos à base de carne, o forte do bar, já que o gaúcho Dailor Voos, Tuca para os habitués, tem vasta experiência no assunto. 

Mas entre as 19 opções de petiscos, o que se destaca mesmo é o excelente provolone com abacaxi na chapa, a R$16,90. 



Das mesas armadas na calçada é possível sentir o perfume do queijo vindo da cozinha, a alguns metros dali. Um verdadeiro abre-apetite. 

Os quatro fartos pedaços chegam borbulhando sobre chapa quente, numa das mais belas sinfonias que um glutão pode reconhecer. 



A fatia do suave abacaxi se esconde sob grosso pedaço de um provolone de qualidade, numa perfeita harmonia doce-salgado-macio-crocante. Em parte, graças às diferentes texturas do queijo: derretido por baixo e coberto por uma fina casquinha. 

Ao cliente de bom senso cabe regar tudo com um pouco de azeite e voilà.  



O sublime petisco vai bem com cerveja. Brahma e Skol custam R$4,50 e a Original sai por R$5, a garrafa de 600 ml.

Vale ressaltar que cartões de crédito e de débito não são aceitos no estabelecimento. 

O Rola Papo, também conhecido como Bar do Tuca, funciona de terça a sexta, das 17h:30 à meia-noite. Aos sábados abre às 11h:30 e fecha no mesmo horário dos outros dias. Aos domingos funciona de 11h:30 as 21 horas. 


ROLA PAPO
Rua Montes Claros, 1112 - Anchieta
Belo Horizonte, MG


*Atualmente, o provolone com abacaxi na chapa sai a R$21,90. As cervejas Brahma e Skol custam R$6,55 cada. A Original vale R$7,45. (Preços atualizados neste blog em 24 de setembro de 2013). 

**Em tempo: o Rola Papo já aceita cartões de débito. 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Murg tikka masala" (Buffet Bhagwan - Belo Horizonte, MG)


Por trás de um muro alto, alaranjado e pichado, no simpático bairro Sagrada Família, se localiza o Buffet Bhagwan, restaurante indiano que oferece boa comida a preços convidativos em Belo Horizonte.

Aberto após a saída do chef Bhagwan Sinh do premiado Maharaj, o restaurante ocupa uma casa com três salas, que foram transformadas em pequenos e aconchegantes salões, todos interligados.

Eles servem de passagem para o simpático garçom Rukmani, que já arranha um bom português.


O ambiente é bem colorido e composto por figuras, quadros e adornos hindus. O sentido da audição é premiado com música ambiente indiana.


Para beber, vale a pena se aventurar e pedir um lassi, preparado com iogurte caseiro e batido com abacaxi ou manga.

A versão de manga é densa, e o azedo do iogurte se equilibra perfeitamente com o doce da fruta. Custa R$5 e um copo basta, pois é um pouco pesado.


Como entrada, uma boa pedida é o mix de samosas (R$11), espécie de pasteizinhos triangulares, fritos e recheados, muito populares em parte da Ásia, principalmente na Índia.

São seis unidades, e, como a versão com verduras não estava disponível na ocasião, chegou com três pasteizinhos de legumes e três de frango.

Crocantes, os recheados com frango são secos demais. Por isso, os de legumes se mostraram superiores. Eles chegam com interior repleto de batatas, ervilhas e castanhas, e o sabor das especiarias se faz presente.


Três tipos de chutney acompanham os pasteizinhos: mamão, tamarindo e coentro com hortelã.

Mais denso, o de mamão une o doce com o "calor" das especiarias e é ótimo. O de coentro com hortelã é o mais refrescante e o sabor tem um quê de Ocidente. O de tamarindo tem consistência líquida e presença marcante dos temperos típicos desta escola.

A parte do cardápio dedicada aos pratos principais é extensa e comporta 34 opções de preparos com frango, cordeiro, camarão e peixes. Seis delas são vegetarianas. Carne bovina não consta na lista, já que a vaca é considerada sagrada pelos indianos.

Assado ao carvão no milenar forno tandoor, o murg tikka masala consiste em pedaços de peito de frango marinados em iogurte e molho masala. Custa R$25 e pesa cerca de 350 gramas.

Serve duas pessoas com apetite moderado, é macio, cremoso e menos picante que a maioria dos pratos.


Para acompanhar, o kesari pullao (arroz temperado com especiarias) é uma das boas opções e custa R$7.


Sobremesa muito popular em países como Paquistão, Sri Lanka e Índia, o gulab jamun (bolinhas de leite em calda com essência de rosas) acompanha sorvete de creme e foi uma boa surpresa.

As bolinhas quentes têm consistência que remete à rabanada, e o contraste entre elas e o sorvete gelado atiça os sentidos de quem experimenta o doce.

Custa R$7 e é ideal para que duas pessoas a dividam, pois é uma sobremesa marcante, mesmo com a quantidade moderada de essência de rosas.


O restaurante aceita cartões Visa e Mastercard e funciona de segunda a quinta, das 19h às 23h. Às sextas e sábados, atende de 19h a 0h. No sábado serve almoço das 12h às 16h, e aos domingos funciona de 12h as 17h.

O Buffet Bhagwan é simples, sincero e não tem ‘nariz empinado’. Vale a pena sair um pouco dos repetitivos japoneses e italianos, dar um pulo até a Rua Conselheiro Lafaiete e conhecer um novo mundo de sabores e aromas. Fica a dica.

BUFFET BHAGWAN
Rua Conselheiro Lafaiete, 771 - Sagrada Família
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3653-3000

terça-feira, 9 de agosto de 2011

"Empanada chilenita" (Huguitos - Belo Horizonte, MG)

Foi pelo blog do jornalista Eduardo Girão que soube da existência de um novo local especializado em empanadas na capital mineira.

Localizada na Avenida Brasil, perto da Praça da Liberdade, a Huguitos abriu suas portas no final de março e serve oito sabores de empanadas.

Localização é um dos pontos fortes da casa

Elas seguem receita chilena e são fritas, ao contrário das argentinas, que são assadas.

O proprietário, Hugo Miranda Fiuza, conta que a farinha de trigo é importada da Argentina, que a massa não leva manteiga e que a fritura é feita em óleo de algodão.

Farinha de trigo utilizada é importada da Argentina

Mesmo assim, são sequinhas e não deixam rastro algum de gordura nos dedos. Elas têm a crocância da fritura e a delicadeza de um salgado assado.

Empanadas são sequinhas e crocantes

Saem da cozinha a todo instante, e a mais pedida é a ótima chilenita, que tem em seu recheio carne bovina, ovo, azeitona, palmito, passas e pimenta calabresa. A carne é picada ao invés de ser moída, e a azeitona verde dá um toque todo especial. Lembra muito a empanada criolla, idolatrada pelos argentinos.



A ótima chilenita da Huguitos

Recheada com ricota, tomate e manjericão, a manjerico é perfumada e deliciosa. Ela deve ser experimentada, assim como a de palmito com queijo.

Os outros sabores são: três queijos (ricota, muçarela e provolone), marilú (frango com queijo), ricota com ervas, pizza (presunto, queijo, tomate e orégano) e carne (carne bovina, pimentão e azeitona).

Cada uma custa R$2,50, e, até acabarem os flyers promocionais do local, duas empanadas saem por R$4.

Para beber, sucos, refrigerantes em lata e cerveja long neck. O café é da marca mineira Pé de Café, e os picolés são da Diletto (de R$4,50 a R$6,50).

Hugo Fiuza pretende concorrer com as casas de empada, que se espalharam pela cidade nos últimos anos. Por isso seu objetivo é franquear a loja em breve.

A lanchonete é bem iluminada e comporta 20 pessoas sentadas em suas cinco mesas. Quando está cheia, parte dos clientes come em pé de frente para o balcão.

Lanchonete é bem iluminada e atendimento é gentil

Cartões Visa e Mastercard são aceitos, e a cada empanada comprada o cliente recebe um carimbo no cartão fidelidade, que dá direito a uma unidade grátis quando chegar à décima marcação.

Empanadas saborosas e bem recheadas, preço justo, boa localização e atendimento cordial compõem a receita da Huguitos, que tem tudo para transformar Belo Horizonte na capital brasileira deste excelente quitute, tão amado pela América do Sul afora.


HUGUITOS EMPANADAS
Avenida Brasil, 1831 - Funcionários
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3023-7833

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Batata 3 em 1" (Silvio's Bar - Belo Horizonte, MG)



Quase todo mundo sabe que Belo Horizonte é conhecida nacionalmente como a capital dos bares e dos botecos. Mas pouca gente se dá conta de que são nos bairros mais afastados do centro e da Savassi que se encontram pérolas da baixa gastronomia.

Um exemplo é o Silvio’s Bar, no bairro Esplanada.

O lugar é um autêntico boteco. Ou seja, é frequentado por gente simples, sem formalidade alguma, e oferece petiscos saborosos.

No salão há um imenso balcão em formato de letra U e rodeado por quarenta banquetas, onde são servidos petiscos como a farofa à mineira, preparada com costela de boi desfiada, jiló e ovo (R$10 a meia-porção e R$17 a porção), e o jiló à milanesa com parmesão (R$10,50 a porção reduzida e R$15 a porção).



Mas entre as 17 opções de porções, a batata 3 em 1 merece uma atenção redobrada. Trata-se de uma combinação de batata portuguesa (aquela estilo chips), molho à bolonhesa e queijo parmesão fresco ralado.



Estes elementos chegam separados, e cabe ao cliente passar a batata no molho e depois no queijo, numa prazerosa repetição que dura até o final do petisco.



A batata é crocante, o molho à bolonhesa é suave e saboroso, e o ótimo parmesão fresco dá o toque final ao prato, que custa R$12 a meia-porção e R$19 a porção.

Mas se a batata fosse um pouco mais sequinha, e se o molho estivesse mais quente, seria um tira gosto perfeito. Mesmo assim, a batata 3 em 1 merece ser devorada na companhia de uma cerveja (Skol e Brahma a R$4,50; Original, Bohemia e Serra Malte a R$5).

O simpático bar oferece diariamente seu famoso feijão tropeiro (R$16,50 meia-porção e R$23,50 a porção) e espaguete à bolonhesa, que custa R$12,80 a porção.

O Silvio’s possui serviço de entrega em domicílio e funciona de segunda a sexta, das 17h à 0h, e aos sábados, de meio-dia às 23 horas.

Há ainda mesas na garagem anexa e na calçada, que costumam encher nos finais de semana à tarde.

Cartões Visa e Mastercard são aceitos, e, por isso, não há desculpa para não experimentar a batata 3 em 1, que é um daqueles petiscos em que só se para de comer quando acaba. E olha que a porção é farta.




SILVIO'S BAR
Rua Begônia, 199 - Esplanada
Belo Horizonte, MG
Tele-entrega: (31) 3482-3001
http://www.silviosbar.com.br/


*Atualmente, a farofa à mineira custa R$12,40 (meia-porção) e R$21 (porção). O jiló à milanesa com parmesão vale R$14,50 (meia-porção) e R$19,60 (porção). A batata 3 em 1 sai a R$18,80 (meia-porção) e R$25,50 (porção). O feijão tropeiro custa R$21,80 (meia-porção) e R$30,50 (porção). O espaguete à bolonhesa sai por R$15,50. (Preços atualizados neste blog em 11 de março de 2014).

**Skol, Brahma e Antarctica custam R$6 cada. E Bohemia, Serra Malte, Original e Heineken valem R$7,50 cada uma. (Preços atualizados neste blog em 11 de março de 2014).

segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Sanduíche de filé mignon com queijo e abacaxi" (Cervantes - Rio de Janeiro, RJ)

Sanduíche do Cervantes com filé, abacaxi e queijo é o que desperta o meu desejo de morar no Rio de Janeiro. 

Esta deliciosa criação, que poderia ser muito bem creditada a seres divinos, é o carro-chefe deste clássico bar e restaurante, que há mais de 50 anos é o porto seguro da boemia de Copacabana. 

O filé mignon é macio, úmido e rosado em seu interior. A grossa e suculenta fatia de queijo prato levemente derretido é responsável pela potência. E o pedaço do sempre doce abacaxi equilibra o sanduíche com um quê de delicadeza. 



O recheio é generoso, em meio ao ótimo pão de leite, quente, fininho e macio, preparado especialmente para este fim por uma padaria da região. 

O investimento de R$20 no sanduíche vale muito a pena. E o gelado e bem tirado chope Brahma (R$5), chamado carinhosamente de creme pelos garçons, cai como uma luva. 



Entre as 29 opções de sanduíches, fazem sucesso também o de pernil com queijo e abacaxi (R$15), que é o segundo mais vendido do local, e o de salaminho do tipo italiano com os mesmo acompanhamentos (R$15), que é delicioso. 



A excelente comida, o ótimo atendimento e o funcionamento durante a madrugada são os grandes trunfos do Cervantes. 

Na Rua Barata Ribeiro se localiza o bar, que serve apenas sanduíches, saladas de batata e russa e duas opções de salpicão: de frango e de presunto. 



Ali, o cardápio está afixado na parede e come-se em pé diante do disputado balcão, com vista para a chapa, que mantém os pães aquecidos, e para lindas peças de pernil, de salaminho e de filé mignon. 





A rapidez em que o sanduíche chega ao balcão, mesmo com o bar lotado, é de impressionar. A agilidade é tanta que faz com que o atendimento de famosas cadeias de fast food pareça brincadeira de criança. 

Deste mesmo balcão também saem os sanduíches pedidos no restaurante, que tem entrada pala Avenida Prado Júnior, a 20 metros dali, quase na esquina da rua do bar. Um pequeno corredor interno é o que liga os dois. 



O atendimento no restaurante é tão eficiente quanto o do bar, e os garçons são educados e solícitos. 

Ali, onde os espaços entre as mesas são mínimos e o ar condicionado se faz presente, o cardápio é extenso, com mais de 150 opções de petiscos, carnes, camarões, guarnições e sobremesas, além dos famosos sanduíches, claro. 

Todos os pratos são fartos e muito bem recomendados pelos clientes que entram e saem durante todo o dia e, principalmente, nas alegres madrugadas. 



Existem outras duas unidades na Barra da Tijuca. Elas foram abertas há alguns anos e, obviamente, não têm a mesma tradição da cinquentenária unidade de Copacabana. 

O Cervantes faz jus a todos os prêmios que já recebeu de publicações como Veja e O Globo por oferecer o melhor sanduíche da cidade e por ser um dos melhores locais para se tomar uma "saideira" na madrugada carioca. 

Funciona de terça a quinta, de meio-dia às quatro da madrugada, às sextas e sábados, de meio-dia às 6 horas da manhã, e aos domingos, de meio-dia a uma hora da madrugada. O local não abre às segundas-feiras. 

Se eu tivesse apenas R$20 para investir em algo, sem dúvida alguma seria no sanduíche de filé, abacaxi e queijo do Cervantes. 

Basta ter sangue correndo pelas veias para se emocionar com algo tão delicioso e para, posteriormente, dar um soco no ar, movimento que representa bem um dos momentos mais felizes da vida de quem gosta de comer bem. 




BAR E RESTAURANTE CERVANTES
Bar: Rua Barata Ribeiro, 7, loja B - Copacabana
Restaurante: Avenida Prado Júnior, 335 B - Copacabana
Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2275-6147
http://www.restaurantecervantes.com.br/


*Atualmente, o sanduíche de filé com abacaxi e queijo custa R$23. O de pernil com abacaxi e queijo vale R$18, assim como o de salaminho com os mesmos acompanhamentos. O chope Brahma sai a R$6,50. (Preços atualizados neste blog em 22 de outubro de 2013)

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Sardinha e pescadinha fritas" (Rei dos Frangos Marítimos - Rio de Janeiro, RJ)



Para entender bem o funcionamento de uma metrópole, você deve conhecer a sua região central, onde se vê de tudo um pouco.

E no caso do Rio de Janeiro não é diferente, afinal, trata-se de uma grande e importante cidade brasileira.

Seu centro é movimentado, barulhento e colorido. Mas tem uma energia gostosa, graças à beleza de seus prédios históricos datados do século XIX.

É ali, no coração financeiro da antiga capital da república, que se encontra o Beco das Sardinhas.

O beco é acolhedor e agradável, pois a Rua Miguel Couto, onde ele está situado, é fechada para carros.

Várias mesas de plástico ficam distribuídas embaixo de toldos que pertencem aos quatro bares que competem entre si vendendo o chamado frango marítimo, como é conhecida a sardinha.



O quinto bar - sem toldo - é justamente o Rei Dos Frangos Marítimos, onde comi a melhor sardinha em quase 29 anos de vida.

Para começo de conversa, ela é frita somente após o pedido do cliente, e a quantidade desejada chega rapidamente à mesa, umas sobre as outras, em travessa de alumínio.



Coma com as mãos, pois é muito mais divertido. E não se preocupe, afinal as sardinhas são tão sequinhas que os dedos não se encharcam de gordura após devorá-las.

Elas são preparadas abertas, e, por serem empanadas com fubá, ficam extremamente crocantes. Um pouco de azeite português e umas gotas do molho de limão preparado na casa conseguem deixar melhor o que já é muito bom.

A unidade custa apenas R$1,50, e, para acompanhar, o gelado chope Brahma (R$3,60 a tulipa com 280ml) cai como uma luva.

A sardinha frita oferecida no Rei dos Frangos Marítimos é fantástica.

É possível comê-la com a facilidade com que se come um balde de pipoca.



Outra especialidade do local é a pescadinha. Frita somente após o pedido, ela é empanada, carnuda e leve.

Após tirar a cabeça e as espinhas – elas saem inteiras e o que fica é somente a carne –, só tome cuidado para não exagerar na dose, pois o peixe é muito saboroso.



Cada unidade custa R$11 e satisfaz uma pessoa, ainda mais se for acompanhada do ótimo arroz com brócolis (R$10,50 a porção pequena e R$17 a porção grande) e da salada de maionese com batatas (R$8,50 no tamanho menor e R$14 no maior).

O arroz é bem temperado com alho e os brócolis estão ali aos montes.



A excelente salada de maionese com batatas é finalizada com salsinha e com ovos cozidos picados, formando uma trinca perfeita com o arroz com brócolis e a pescadinha.



O Rei dos Frangos Marítimos é um restaurante tradicional e com atendimento solícito. É muito frequentado por quem trabalha na região e remete às imagens dos bares retratados nos filmes brasileiros dos anos 70 e 80.



As porções servidas são fartas, e sua simplicidade está à mostra nas paredes de azulejo e nos seus garrafões de vinho expostos nas altas prateleiras.

Ou seja, ali não existe pretensão de ser chique, gourmet ou de ter o mínimo de requinte. A única regra é oferecer boa comida.



O cardápio tem muitas opções de saladas, legumes, peixes e camarões. E também de frango, carne de boi e sopas. O filé de peroá (R$31) e a casquinha de siri (R$10 a unidade) são outros pratos que têm grande saída.

Funciona de segunda a sábado a partir das 11 horas, e aceita cartões Visa e Mastercard.

Esta sim é uma rica tradição que os cariocas herdaram dos portugueses. Comer sardinha.

A dobradinha com o chope já foi uma feliz ideia brasileira.

Pois bem, é ali, bem no centro nervoso do Rio, que se come como um verdadeiro rei.



REI DOS FRANGOS MARÍTIMOS
Rua Miguel Couto, 139 A - Centro (Beco das Sardinhas)
Rio de Janeiro (RJ)
Tel: (21) 2233-6119

terça-feira, 7 de junho de 2011

"Bolinhos diversos, empada de camarão e chope Brahma" (Bar Bracarense - Rio de Janeiro, RJ)



Eleito duas vezes o melhor bar do Brasil pelo jornal The New York Times, e apontado em quatro ocasiões como o melhor do Rio de Janeiro pela prefeitura local, o Bracarense é um orgulho para os cariocas. 



Localizado no charmoso bairro Leblon, o bar ficou conhecido por seus deliciosos bolinhos, pela sua empadinha de camarão, pelo chope gelado e por seus frequentadores famosos, como Chico Buarque e o pessoal do Pasquim. 

Do minuto em que pisei no Braca até o momento em que paguei a conta, passei por intensas sensações. 

A decepção bateu logo na entrada, ao experimentar o outrora sublime bolinho de aipim recheado com camarão e Catupiry (R$3 a unidade), que já não é mais o mesmo. 

A receita original foi levada pelo garçom Chico e pela cozinheira Alaíde para o bar que abriram no mesmo bairro e que leva o nome deles

Hoje só restou uma massa um pouco grossa e pesada. 

Ainda assim, é um bolinho acima da média, apesar de ser apenas sombra do que já foi. 



O bolinho de bacalhau (R$3 a unidade) continua espetacular, sequinho, no tamanho certo, caprichado no recheio e salpicado por cheiro-verde. Basta uma gota de azeite para se sentir no paraíso. Faz par perfeito com o leve e gelado chope Brahma, a R$4,25 o copo com 300ml. 





Sempre cheio, e lotado nos finais de semana, o Bracarense é um boteco de alma carioca, barulhento e caótico, com pessoas espalhadas pelas mesas nas calçadas e pelos banquinhos altos no balcão. Isso sem contar os inúmeros clientes que ficam em pé na rua ou dentro do bar. 

E nada de tulipa especial para o chope, que vem em um copo longo e de espessura fina. 





Além dos famosos bolinhos, o cardápio oferece a clássica empada de camarão (R$3,20 a unidade), que me fez recordar com emoção as primeiras vezes em que estive em tão sagrado solo. 



Com massa podre e recheada com camarões médios em meio a um denso creme e a uma azeitona preta com caroço, a empada, tão copiada Brasil afora, continua imbatível.







Como os salgados ficam na estufa, a dica é pedir para o garçom avisar quando saírem novas fornadas. Assim, os bolinhos e empadinhas poderão ser degustados em seu auge. 





Perdi todo o receio de que o Bracarense não fosse o mesmo dos velhos tempos quando coloquei na boca o delicioso e suculento pernil. 

Macio, tenro e muito bem temperado, este amado corte do porco é servido tanto em porções como em sanduíches. É um dos petiscos mais vendidos do bar. 



Mas a felicidade plena só foi alcançada ao experimentar o curioso bolinho de feijoada (R$3,20 a unidade). 

A casquinha crocante e sequinha de fubá tem como recheio uma temperada pasta de feijão preto, bons pedaços de bacon e couve. É uma verdadeira feijoada frita. Uma maravilha!





Quem quiser cerveja não vai encontrá-la no Bracarense, e quem tiver a petulância de não pedir um chope pode relaxar, pois a caipivodca de maracujá do local (R$11,50) sai às centenas durante todo o dia. 

O caos organizado, a falta de espaço e as paredes repletas de quadros com diplomas e premiações não deixam de ser um charme à parte deste, que é o mais famoso bar do Rio de Janeiro. 



O Bracarense não possui franquias ou filiais, e não aceita cartões de crédito. Cheques e cartões de débito Visa são aceitos. Os 10%, referentes ao serviço de garçom, são cobrados, apesar do cardápio afirmar o contrário. 

Funciona de segunda a sexta, das 8h à meia-noite, e aos sábados e feriados, das 9h:30 à meia-noite. Aos domingos atende de 10h as 22h. 

No caminho entre a decepção e a emoção estavam algumas horas, boas conversas, empadinhas de camarão e um curioso bolinho. Quanto ao chope, só ele já vale a visita. 

Definitivamente, eu poderia morar no Bracarense. 




BAR BRACARENSE
Rua José Linhares, 85 B - Leblon
Rio de Janeiro (RJ)
Tel: (21) 2294-3549


*Atualmente, o bolinho de aipim recheado com camarão e Caturpiry custa R$3,80. O de bacalhau sai por R$3,60. O chope Brahma de 300ml vale R$5,85. A empadinha de camarão tem o preço de R$3,90, mesmo preço do bolinho de feijoada. (Preços atualizados neste blog em 29 de outubro de 2013).