terça-feira, 7 de junho de 2011

"Bolinhos diversos, empada de camarão e chope Brahma" (Bar Bracarense - Rio de Janeiro, RJ)



Eleito duas vezes o melhor bar do Brasil pelo jornal The New York Times, e apontado em quatro ocasiões como o melhor do Rio de Janeiro pela prefeitura local, o Bracarense é um orgulho para os cariocas. 



Localizado no charmoso bairro Leblon, o bar ficou conhecido por seus deliciosos bolinhos, pela sua empadinha de camarão, pelo chope gelado e por seus frequentadores famosos, como Chico Buarque e o pessoal do Pasquim. 

Do minuto em que pisei no Braca até o momento em que paguei a conta, passei por intensas sensações. 

A decepção bateu logo na entrada, ao experimentar o outrora sublime bolinho de aipim recheado com camarão e Catupiry (R$3 a unidade), que já não é mais o mesmo. 

A receita original foi levada pelo garçom Chico e pela cozinheira Alaíde para o bar que abriram no mesmo bairro e que leva o nome deles

Hoje só restou uma massa um pouco grossa e pesada. 

Ainda assim, é um bolinho acima da média, apesar de ser apenas sombra do que já foi. 



O bolinho de bacalhau (R$3 a unidade) continua espetacular, sequinho, no tamanho certo, caprichado no recheio e salpicado por cheiro-verde. Basta uma gota de azeite para se sentir no paraíso. Faz par perfeito com o leve e gelado chope Brahma, a R$4,25 o copo com 300ml. 





Sempre cheio, e lotado nos finais de semana, o Bracarense é um boteco de alma carioca, barulhento e caótico, com pessoas espalhadas pelas mesas nas calçadas e pelos banquinhos altos no balcão. Isso sem contar os inúmeros clientes que ficam em pé na rua ou dentro do bar. 

E nada de tulipa especial para o chope, que vem em um copo longo e de espessura fina. 





Além dos famosos bolinhos, o cardápio oferece a clássica empada de camarão (R$3,20 a unidade), que me fez recordar com emoção as primeiras vezes em que estive em tão sagrado solo. 



Com massa podre e recheada com camarões médios em meio a um denso creme e a uma azeitona preta com caroço, a empada, tão copiada Brasil afora, continua imbatível.







Como os salgados ficam na estufa, a dica é pedir para o garçom avisar quando saírem novas fornadas. Assim, os bolinhos e empadinhas poderão ser degustados em seu auge. 





Perdi todo o receio de que o Bracarense não fosse o mesmo dos velhos tempos quando coloquei na boca o delicioso e suculento pernil. 

Macio, tenro e muito bem temperado, este amado corte do porco é servido tanto em porções como em sanduíches. É um dos petiscos mais vendidos do bar. 



Mas a felicidade plena só foi alcançada ao experimentar o curioso bolinho de feijoada (R$3,20 a unidade). 

A casquinha crocante e sequinha de fubá tem como recheio uma temperada pasta de feijão preto, bons pedaços de bacon e couve. É uma verdadeira feijoada frita. Uma maravilha!





Quem quiser cerveja não vai encontrá-la no Bracarense, e quem tiver a petulância de não pedir um chope pode relaxar, pois a caipivodca de maracujá do local (R$11,50) sai às centenas durante todo o dia. 

O caos organizado, a falta de espaço e as paredes repletas de quadros com diplomas e premiações não deixam de ser um charme à parte deste, que é o mais famoso bar do Rio de Janeiro. 



O Bracarense não possui franquias ou filiais, e não aceita cartões de crédito. Cheques e cartões de débito Visa são aceitos. Os 10%, referentes ao serviço de garçom, são cobrados, apesar do cardápio afirmar o contrário. 

Funciona de segunda a sexta, das 8h à meia-noite, e aos sábados e feriados, das 9h:30 à meia-noite. Aos domingos atende de 10h as 22h. 

No caminho entre a decepção e a emoção estavam algumas horas, boas conversas, empadinhas de camarão e um curioso bolinho. Quanto ao chope, só ele já vale a visita. 

Definitivamente, eu poderia morar no Bracarense. 




BAR BRACARENSE
Rua José Linhares, 85 B - Leblon
Rio de Janeiro (RJ)
Tel: (21) 2294-3549


*Atualmente, o bolinho de aipim recheado com camarão e Caturpiry custa R$3,80. O de bacalhau sai por R$3,60. O chope Brahma de 300ml vale R$5,85. A empadinha de camarão tem o preço de R$3,90, mesmo preço do bolinho de feijoada. (Preços atualizados neste blog em 29 de outubro de 2013).

10 comentários:

  1. Ah! Vc esqueceu de falar que lá tb tem o Bhrama Black!
    Amei essa empada!

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  2. O Brahma Black custa R$5,85 (400ml). Mas não vem no copo especial da marca, como acontece no Belmonte.

    Valeu, Déh!

    Ass: Nenel

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  3. Neni ensaiando pra virar o "Armando Nogueira" da baixa gastronomia.
    Muito bom!

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  4. Ah eu quero!
    Mas o Rio ta looonge...hahaha

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  5. Nenel, sou carioca do Leblon e estou impressionado com a quantidade de paraísos da baixa gastronomia localizados em BH. Minha namorada mora lá e esse fim de semana vou botar em prática um pouco do que vi aqui.
    Excelente blog, fez o meu dia!
    Grande abraço e aproveito pra deixar uma dica para sua próxima incursão ao Rio: Cachambeer. http://vejabrasil.abril.com.br/blog/de-origem-carioca/2009/06/terceira-parada-cachambeer/comment-page-1/

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  6. Olá, Fabio!!

    Obrigado pelo comentário e pela força.

    Essa costela da Cachambeer parece ser muito suculenta!! Não sabia da existência do lugar, mas já coloquei no meu roteiro para um futuro próximo.

    Espero que você divirta em BH.

    Um grande abraço.


    Ass: Nenel

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  7. NOOOOOOOOOOOOSSA, jà comi tudo sò com os olhos... Ta lindo de ver...
    Me deu água na boca...kkkk
    NUNCA fui ai no Rio de janeiro, mas quando for, vou procura esse Bar Bracarense sem sombra de dúvidas!
    Nenel, continua assim, que você vai MUITO LONGE...
    Meus parabèns...
    Te desejo MUITO SUCESSO... você merece...

    Karine guedes***

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  8. sem duvida o melhor buteco do rio... o Bracarense esta pro Rio como o Barbazul esta pra Bh. Parabens pelo blog, acabei de conhecer, mto bacana!

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  9. Seja bem-vindo, Mateus.

    Um grande abraço!!


    Ass: Nenel

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  10. É mesmo; o Brahma Black vem em caldereta, num esquema ''half pint'' tupiniquim. Estive lá num começo de noite durante a semana e estava bem agradável, sem a aglomeração que li a respeito. Os bolinhos eu confesso que não achei essas coisas todas; deve ser ido com o Chico&Alaíde mesmo... Mas, também foi somente o que provei fora os chopps; tinha ido antes ao Pavão Azul e comido uns bolinhos de bacalhau (que não leva batata) supimpas. Tenras lascas do pescado e uma deliciosa pimenta da casa! Para fechar o dia, tentamos o Jobi. Pena que estava fechado, aparentando estar em reforma. Botecagem boa essa da zona sul carioca, viu...
    Crys Bernardo.

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