sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"Macarrão ensopado apimentado com frutos do mar" (Rong He - São Paulo, SP)



União entre espetáculo e sabor é o que melhor define o Rong He, restaurante chinês localizado no bairro da Liberdade, na cidade de São Paulo.

Quando vi pela primeira vez um vídeo sobre o local, me impressionei com a destreza do chef que prepara com as mãos as massas que serão utilizadas em diversas receitas oferecidas pela casa. 

No fundo do amplo salão há uma vitrine que permite ao cliente acompanhar o preparo dos pratos. Um espetáculo que já vale a visita.



Atrás de um vidro, o habilidoso artista estica e puxa a massa, enquanto abre os fios de macarrão com os dedos.

Os movimentos parecem os de um mestre de kung-fu. Por isso, o local é conhecido pela arte em fazer macarrão chinês ao vivo.





Boa parte da clientela é formada por orientais. Por isso o extenso cardápio é bilíngüe, em chinês e português.

São 139 opções entre entradas e pratos principais, além de seis sobremesas.

Os clientes que não comem carne são contemplados com 37 preparos, entre eles o tofu cozido ao molho shoyu (R$8) e o macarrão ensopado com bolinho vegetariano (R$19).

As receitas servidas são tradicionais em Shandong, uma província situada mais ao norte da República Popular da China.

Ou seja, elas fogem do trivial encontrado na maioria dos restaurantes chineses espalhados Brasil afora.

Entre as sugestões de entrada, destaque para o delicioso rolinho primavera, que custa R$2,50 cada.

Com massa crocante e sequinha, o recheio de cenoura, repolho e brotos é muito bem temperado. Acompanha molho agridoce. Nota 10.



Para acompanhar, a excelente cerveja pilsen chinesa Tsingtao (R$5 a lata) é uma boa pedida.

Seu sabor é suave e frutado. Ideal para quem não gosta do amargor da bebida.

A leveza vem de sua fórmula, que contém arroz, além de água, malte e lúpulo. O teor alcoólico é de 4,7%.

Uma das marcas mais populares da China, a Tsingtao foi patrocinadora oficial das Olimpíadas de Pequim, em 2008, e uma das dez cervejas mais vendidas no mundo em 2009, de acordo com matéria publicada na revista Superinteressante.



Para quem não se interessou, caipirinha de sakê, nas versões de morango, abacaxi, limão e kiwi (R$15), garrafa de sakê (R$50) e garrafa de pinga chinesa (R$25) são as opções alcoólicas.

Refrigerante (R$4), chá quente (R$5) e chá de ervas chinesas importado (R$5 a lata) completam a parte do cardápio reservada às bebidas.

O carro-chefe do restaurante é o chaomamian (macarrão apimentado com frutos do mar).

Ele é preparado com camarão, lula seca e mariscos. Carne suína em tirinhas também está presente na receita.

Vale ressaltar que apenas a massa dos pratos ensopados são produzidas manualmente, pelo artista do macarrão.

Elas são preparadas somente após o pedido do cliente.



O cozimento da massa é bem rápido, dura cerca de 20 segundos. Depois de pronta, ela chega à mesa em uma grande tigela, acompanhada de um pegador e de uma tesoura para cortar o macarrão, pois seus fios são longos e inteiriços.

Come-se com hashi (palitos de bambu que os orientais usam para lavar o alimento à boca) e com uma colher curta, funda e arredondada, para que todo o caldo seja aproveitado junto à massa, aos vegetais e às carnes.





Custa R$23 e serve bem de três a quatro pessoas.



Chama atenção também a feitura dos guiozas, que são preparados por um senhor chinês em concentração plena. Ele não conversa e não olha para os lados. Está ali, vivenciando aquele momento por meio de movimentos perfeitos e repetitivos. Um show à parte.



Outro prato de sucesso é o perfumado e colorido yakissoba (R$24 a porção para duas pessoas).

Para sobremesa há opções pouco convencionais para o gosto ocidental, como a abóbora recheada com doce de feijão (R$16, seis unidades).

Para quem não quiser encarar esta iguaria, boa opção é a salada de frutas (R$12 a pequena e R$20 a grande).

O restaurante não abre às segundas-feiras e funciona de terça a sexta, das 11h:30 às 15 h, e de 18h as 22h:30. Aos sábados, domingos e feriados o atendimento é de 11h:30 as 22h:30.

São Paulo é uma cidade cheia de opções para todos os gostos e bolsos. Uma das melhores é passear pelo bairro oriental da Liberdade.

Sendo assim, uma visita ao Rong He é garantia de uma bela experiência.




Clique e assista ao vídeo da apresentação de arte de macarrão


RONG HE
Rua da Glória, 622 A - Liberdade
São Paulo, SP
Tel: (11) 3275-1986
Estação de metrô: Liberdade
www.ronghe.com.br

8 comentários:

  1. Olá, sensacional, seu post!!!
    Sou paulistana(e que vergonha!), não conheço a liberdade, mas agora fiquei louca pra conhecer este restaurante, pois amo comida chinesa!!!
    Parabéns, adoro acompanhar suas impressões sobre "a melhor cozinha".
    Bjuss

    Andréa

    ResponderExcluir
  2. O lugar é demais e a comida sensacional!
    Só uma dica... se por acaso vc for desastrado como eu, não vá de blusa Branca...no meu caso, consegui deixar ela cheia de pinguinhos vermelhinhos, pois fui comer o Lámen e os frutos do mar com os palitinhos...deu nisso...rsrsrsrs.

    ResponderExcluir
  3. Excelente! Na minha próxima estada a São Paulo irei lá... O Lamen Kazu, também na Liberdade, é outra opção...

    ResponderExcluir
  4. Devemos aparecer por essas bandas daqui uns dias...
    Excelente post
    Abraços
    Verdelone
    CIA DOS BOTECOS - www.ciadosbotecos.blogspot.com

    ResponderExcluir
  5. Nenas,

    Sansational!!!

    Dica: Não que se configure um BG autêntico, mas vc viu uma lanchonete nova que abriu na savassi de sanduíches abrasileirados? pão.com, se chama.

    Vamos?

    Zunto!

    ResponderExcluir
  6. Parabéns pelo blog e pelas dicas!
    Adorei a sugestão, assim que for a SP visitarei o Restaurante...
    A propósito, tem interesse em troca de link entre nossos blogs (parceira)? Nonna Margherita
    Abraços!

    ResponderExcluir
  7. O.o quando for a São Paulo,com toda a certeza passarei por lá.

    http://crticaconversaeopiniao.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  8. Olá!
    Estou meio atrasada no comentário... hehehehe
    Mas o Rong He é realmente um espetáculo! Se você se impressionou com a extensão do cardápio de lá, você deveria ver (e se perder) o cardápio dos restaurantes chineses menos "ocidentalizados" da Liberdade. Eles até tentam traduzir, mas tem muita coisa errada e incompreensível. Diversas vezes pedi uma coisa e veio outra (porque o cardápio estava mal traduzido... rs), porque, além de tudo, as garçonetes mal falam português...
    E essa é a graça do bairro da Liberdade!

    ResponderExcluir