terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Pão com linguiça" (Churrascaria & Lanchonete da Celinha - BR 040)



Verificar pneus, freio, motor, extintor e paletas do limpador de para-brisas. Se for viajar, se previna para não ser surpreendido no percurso até o seu destino. 

E se a BR-040, no sentido Belo Horizonte - Rio de Janeiro, for o caminho, não deixe de forrar o estômago na Lanchonete da Celinha. 



À margem da rodovia, localizado em Ribeirão do Eixo, distrito de Itabirito, o restaurante e lanchonete serve ótimo pão com linguiça, um clássico das estradas mineiras. 



O pãozinho francês não é quente, mas é novo, o que nem sempre é comum em lanchonetes de beira de estrada. 



Produzida no local, a linguiça de porco caseira é frita sobre uma grande chapa até que fique no ponto. Ela é rústica e saborosa. 



Cheia de personalidade, tem quantidade equilibrada de gordura e é mais escura, já que não tem conservantes ou aditivos. Ela pode ser comprada crua e o quilo vale R$18.



O grande segredo do sanduíche é colocar um pouco da deliciosa mostarda com ervas da marca "Milagre de Minas". Produzida em Ouro Preto, a receita leva o ingrediente principal nas versões em pasta e em pó, além de açúcar e especiarias. 



Levemente adocicada, ela é menos densa que a mostarda Dijon.

Poucos potes ficam disponíveis para os clientes. Por isso, muitos passam por ali sem saber da existência do saboroso molho. Se quiser levar para casa, o vidro com 350 gramas vai lhe custar R$18. 





O pão com linguiça custa R$6, e há algumas versões mais robustas, como a que leva requeijão caseiro derretido, que faz muito sucesso e sai por R$8,50. 

Para acompanhar, vale a pena pedir uma Coca-Cola gelada e envasada em garrafa de 290ml, que vale R$2,50.

A Celinha também funciona como restaurante e serve refeições no sistema self-service com churrasco. Mas a especialidade da casa é o pão com linguiça. 

Ele é tão confortante, que colocar requeijão, salada ou qualquer outro acompanhamento torna-se um exagero desnecessário. 

A lanchonete funciona todos os dias de 6h as 22h e aceita cartões de crédito e de débito. 

De barriga cheia, é hora de pegar a estrada e dirigir rumo ao seu destino. 

Boa viagem!



CHURRASCARIA E LANCHONETE DA CELINHA
Rodovia BR-040, KM 588
Ribeirão do Eixo, distrito de Itabirito (MG)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

"Chips de jiló" (Bar do Antônio "Pé de Cana" - Belo Horizonte, MG)


Torresmo, filé com fritas, moela, carne de panela, almôndega, pernil e pastel de angu. A variedade de tira-gostos em nossos botecos faz com que gregos e troianos fiquem satisfeitos na segunda casa de todo boêmio.

Mas são os petiscos mais leves os capazes de não deixar o apreciador de uma boa gelada empanzinado. Afinal, como diz o texto daquele comercial, ela tem que descer redondo.

Boa opção para uma dobradinha de sucesso é o inusitado chips de jiló servido no tradicional Bar do Antônio, no bairro Sion.


O fruto do jiloeiro é cortado em fatias bem finas antes de ser empanado com farinha de trigo e jogado em óleo quente para fritar.


Nos pedaços com mais farinha - aqueles empanados com perfeição - o jiló tem amargor equilibrado. As fatias em que ela não pegou tão bem - poucas, diga-se de passagem - denunciam amargor mais pungente.




A porção custa R$9,80 e, não raramente, é devorada com rapidez pelos ávidos fãs da iguaria, que, aos poucos, deixa de ser o patinho feio da turma, como já aconteceu com o quiabo, hoje presente na cozinha de grandes chefs, como Alex Atala e Roberta Sudbrack.

O preço da cerveja de 600ml varia de R$5,50 (Brahma) a R$6,70 (Original e Serra Malte). Loiras importadas constam no cardápio e têm valor mais alto.

O bar ainda oferece mais de 60 opções de petiscos, carnes, salsichas artesanais e sanduíches, além de excelentes PFs no almoço.

O Pé de Cana, como também é conhecido, não aceita cheques, mas trabalha com cartões de crédito e de débito Visa, Mastercard e American Express.

Funciona de segunda a sábado, de 11h a 1h, e aos domingos, das 11h às 19h.


   
BAR DO ANTÔNIO "PÉ DE CANA"
Rua Flórida, 15 - Sion
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3221-2099


*Atualmente, a porção de chips de jiló custa R$12. O preço da cerveja de 600 ml varia de R$6,50 (Brahma) a R$7,50 (Original, Serra Malte, Bohemia e Brahma Extra). (Preços atualizados neste blog em 28 de agosto de 2013). 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

"PF de arroz, feijão, bife a rolê, farofa e salada de batata com maionese" (Maurício - Belo Horizonte, MG)


A sua comida é tão boa que o restaurante nem precisa de placa indicativa na porta, até porque quem mora ou trabalha na região sabe que o melhor PF da Savassi, quiçá de Belo Horizonte, é o servido no Maurício.

Há mais de 15 anos a fiel clientela lota diversas vezes ao dia as 16 mesas, de dois lugares cada, espalhadas pelo salão em busca de comida simples, farta, bem-feita e com ótimo custo/benefício.

Nestes tempos de Facebook e de Big Brother, em que restaurantes que servem comida a quilo tomaram de assalto as esquinas dos grandes centros, comer um bom prato feito é algo digno de nota.

Aberto de segunda a sexta-feira, a partir das 11 horas, o restaurante se especializou em servir almoço.

E nada de cardápio extenso. A cada dia da semana, uma opção.

O prato das quartas-feiras é composto por arroz, feijão, bife a rolê, salada de batatas com maionese e farofa.


Um dos trunfos do Maurício - chamado assim em referência ao nome de seu proprietário - é a dupla arroz e feijão, preparada com esmero de mãe.

O primeiro é soltinho e vem em boa quantidade, mas sem o exagero tão comum quando se trata do clássico e quase extinto PF. O segundo tem um toque de alho capaz de fazer qualquer um raspar o prato ao final da refeição.


A farofa de ovos é finalizada com cheiro verde, e carne e maionese são servidos separadamente.


O suculento bife a rolê é recheado com um pedaço de bacon e chega imerso em encorpado molho com pedacinhos de tomate.


A boa salada de batatas com maionese é preparada com azeitonas verdes picadas, cenoura e cheiro verde.


O prato custa R$9, mesmo preço do marmitex, e quem não quiser carne de boi pode optar por filé de frango grelhado.

Nas segundas e quintas o PF é composto por arroz, feijão, bife de boi, batatas fritas e salada de alface e tomate. Terça é dia de arroz, feijão, salada, purê de batata e carne cozida ou bife de porco acebolado. E sexta é a vez de arroz, feijão tropeiro, ovo frito, linguiça e couve.

É comida caseira que conforta a alma. Isso explica o sucesso de um restaurante que se dá ao luxo de não vender cerveja e de não abrir à noite e aos finais de semana.

Refrigerantes e sucos em lata custam R$3 a unidade, e cartões de débito e de crédito não são aceitos.

A comida servida ali é tão deliciosa que já roguei ao proprietário e até a Deus para que o restaurante abra aos sábados para servir feijoada.

E continuarei rogando, enquanto tiver força.



MAURÍCIO
Rua Paraíba, 1064 - Funcionários
Belo Horizonte, MG
(31) 3261-6963

terça-feira, 17 de julho de 2012

"Bolinho de arroz com jiló" (Estabelecimento - Belo Horizonte, MG)


Petiscos de boteco que acompanham bem a cerveja gelada existem aos montes. Dentre eles, um clássico é o bolinho frito, seja ele recheado com bacalhau, carne, camarão ou até com feijoada.

Um dos melhores de Belo Horizonte é o servido no bar Estabelecimento, localizado no bairro Serra, na região Centro-Sul da capital mineira.

Recheado com arroz e jiló, ficou tão famoso que teve sua receita transmitida no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga na Rede Globo.


Os bolinhos são preparados com arroz amanhecido e têm o interior esverdeado devido ao uso de jiló, espinafre e orégano no recheio.


Essa mistura suaviza o sabor amargo do jiló e faz com que até quem não goste deste fruto sinta-se à vontade ao comer o ótimo tira-gosto.

O queijo canastra está presente tanto no recheio, em pedaços, quanto na finalização do preparo, quando é salpicado sobre os bolinhos juntamente com cheiro verde.


O sabor é enriquecido com o suave molho de pimenta malagueta que fica sobre as mesas.


A porção com oito unidades sai a R$24.

Boas pedidas para acompanhar a fritura são as cervejas em garrafas de 600ml, com preços que variam de R$5,90 a R$6,40 cada.

Sanduíches, porções e caldos também estão presentes no cardápio, que tem outros bolinhos como destaque: de arroz da dona Lurdinha, em homenagem à mãe do proprietário (R$22, oito unidades), de bacalhau (R$18, dez unidades) e de mandioca crua (R$16, seis unidades).

O Estabelecimento não possui placa de identificação na fachada, funciona no quintal de uma casa e suas mesas dividem espaço com uma grande jabuticabeira.


A cozinha é aberta e, justamente por isso, é possível acompanhar o esmerado preparo dos pratos que saem a todo instante.

O bar abre de terça a sábado, de 18h a 1h, oferece comanda individual e aceita cheques e cartões de crédito e débito Visa, Mastercard e Diners.

A combinação de bolinho de arroz com jiló e cerveja gelada é capaz de proporcionar momentos de alegria a quem chega para aproveitar o início da noite naquele local com clima de quintal da vovó.





ESTABELECIMENTO BAR
Rua Monte Alegre, 160 - Serra
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3223-2124

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"Sequência de camarão" (Restaurante Carlinhos - Florianópolis, SC)



À beira da Lagoa da Conceição, trajando bermuda e chinelos, o garçom nos serve a famosa sequência de camarão do Restaurante Carlinhos, em Florianópolis.

Como denuncia o nome, trata-se, literalmente, de uma sequência de pratos que têm como grande estrela o camarão.

Ela começa com uma porção do bom bolinho de siri da casa.



Alguns minutos depois chegam os camarões preparados de três maneiras: à milanesa, fritos ao alho e óleo e ao bafo, além do peixe com molho à base do crustáceo.



Os camarões médios à milanesa são os melhores. Sequinhos, são excelente opção para acompanhar a cerveja gelada, que pode ser Bohemia, Original, Skol ou Antarctica, a R$6,50 a garrafa de 600ml.



Já os crustáceos ao alho e óleo poderiam ter um pouco mais de personalidade e deixar a suavidade por conta dos preparados ao bafo, que têm sabor bem real, de mar.

Tradicionais no litoral catarinense como entrada ou como petisco, estes camarões são temperados apenas com sal, e não levam um gota sequer de óleo.



A respeito do peixe à milanesa, o que se pode dizer é que não está no mesmo nível das outras opções oferecidas na sequência, que custa R$72 e serve muito bem três pessoas.



Batatas fritas, arroz, feijão, saladas de maionese com batata e mista - preparada com alface, tomate, beterraba e cenoura - são os acompanhamentos incluídos no preço.

Cada sequência dá direito a uma farta porção de todos os itens citados anteriormente.

Aperitivos, porções e refeições constam no cardápio, e cartões de crédito e de débito Visa e Mastercard são aceitos.

O Carlinhos é um restaurante familiar, que serve comida caseira simples e honesta a preço justo, e que também oferece uma linda vista para quem fica nas mesinhas do deck de sua área externa.



E se tudo isso não bastar, aproveite a cachacinha, pois ela é por conta da casa.




RESTAURANTE CARLINHOS
Rua Laurindo Januário da Silveira, 2469 - Canto da Lagoa
Florianópolis (SC)
Tel: (48) 3232-0456

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Empanada assada de carne picante" (El Sanjuanino - Buenos Aires, Argentina)


As empanadas mais famosas da Argentina saem da cozinha do tradicional El Sanjuanino, restaurante localizado no bairro da Recoleta.

Recoleta do cemitério mais famoso da América Latina, de incontáveis e arborizados parques, do Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires) - onde se encontra o "Abaporu", a mais famosa obra da brasileira Tarsila do Amaral - e da Praça das Nações, onde fica a futurística Flor de Aço.


A nobre Recoleta de famosas grifes, da imponente Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, de largas avenidas e onde moram os mais poderosos e abastados do país.


Mas nem por isso paga-se muito para comer boas empanadas na região.

Presente em qualquer guia de bares e restaurantes da cidade, El Sanjuanino funciona há mais de 50 anos e já foi destaque até no New York Times.

Entre os nove sabores disponíveis, a empanada de carne picante é a vedete.

Excelente, ela é recheada com carne bovina picada na ponta da faca, ovo cozido, cebola e uma azeitona verde inteira.

O sabor da pimenta se destaca. Por isso não é aconselhável para quem tem intolerância a condimentos fortes.


Outras opções são carne suave, choclo (milho), jamon y queso (presunto e queijo), queso y cebolla (queijo e cebola), verdura (acelga, espinafre, cebola e salsa), napolitana, roquefort e a ótima de pollo (frango).

Cada uma sai a 9 pesos argentinos (R$3,60), e não é muito difícil comer duas ou três delas.


A massa poderia ser um pouco mais firme. Diante disso, não tenho receio algum em afirmar que a empanada criolla (recheada com carne de boi picada na ponta da faca, cebola, azeitona verde e ovo cozido em pedacinhos) da Pizza Sur é do mesmo nível das famosas gran sanjuaninas.

Para acompanhar, uma boa pedida é o vinho da casa, cuja jarra grande sai a 30 pesos (R$12), rende oito copos e deixa duas pessoas bem felizes ainda na metade do pinguim.


Sem pretensão alguma, o vinho é apenas regular, mas vale pela economia. Afinal de contas, com R$6 uma pessoa sai dali flutuando e rindo até "atrás das orelhas".


A jarra média custa 22 pesos (R$8,80), a pequena sai por 17 pesos (R$6,80) e a taça por 14 pesos (R$5,60).

Estes mesmos preços valem para os brancos e rosés da casa.

A carta ainda oferece rótulos que variam de 40 pesos (R$16) a 280 pesos (R$112).

Se a opção for cerveja, a Quilmes 3/4 (600ml) vale 24 pesos (R$9,60) e a garrafa com 1 litro custa 29 pesos (R$11,60).

Estes valores provam que o pão líquido é caro na Argentina, e que o custo/benefício do vinho naquele país é bem melhor.

As empanadas de carne suave e picante também são servidas na versão frita.


Saborosas, custam 10 pesos (R$4) cada.


Constam também no cardápio pratos regionais à base de carnes e massas, além de sobremesas.

O restaurante está presente em outros dois endereços e os 10% relativos ao serviço de garçom não são cobrados.


Como dizem por lá, comer é um ato biológico, e comer em El Sanjuanino é um ato cultural.



EL SANJUANINO
Posadas, 1515 - Recoleta
Buenos Aires (Argentina)
Tel: +54 11 4804-2909

segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Helado de dulce de leche" (Nonna Bianca - Buenos Aires, Argentina)


San Telmo é muito mais que a feira de antiguidades que acontece todo domingo na Praça Dorrego.

Caminhar por lá é um dos programas mais bacanas de Buenos Aires, graças à sua fascinante arquitetura e a suas estreitas calçadas que abrigam centenas de antiquários, brechós, galerias de arte e lojas de decoração, das mais clássicas às mais modernas e descoladas.

Um dos bairros mais antigos e boêmios da capital argentina, San Telmo é cheio de bares, cafés, pubs e restaurantes.


Um passeio pela graciosa San Telmo começa na esquina das ruas Chile e Defensa, onde fica a escultura de Mafalda, a protagonista da tirinha mais popular do país.


E fica mais alegre após uma passada na sorveteria Nonna Bianca.

Localizada na Rua Estados Unidos, quase na esquina de Defensa, fica em frente a uma unidade da toda poderosa e turística Freddo.

A Nonna Bianca é uma sorveteria de bairro, frequentada por quem mora ou trabalha na região.


Vale a pena entrar na simpática loja e escolher um ou dois dos quase 50 sabores de sorvetes produzidos ali mesmo.


São oferecidos copinhos e casquinhas em quatro tamanhos, que custam de 10 pesos (R$4) a 14 pesos (R$5,60). A opção mais cara dá direito a três bolas ou a duas bolas e um acompanhamento, que pode ser confete ou bolinhas de chocolate.




O helado de dulce de leche (sorvete de doce de leite) é espetacular, cremoso no ponto certo e com sabor equilibrado, ou seja, não é enjoativo. A casquinha grande sai a 12 pesos (R$4,80).

Definitivamente é um sorvete inesquecível.


Fazem sucesso também os outros sabores preparados com o doce mais amado pelos argentinos. O super dulce de leche contém pedaços de bombom, e o dulce de leche granizado é feito com flocos de chocolate.


As casquinhas são crocantes, e outras receitas de destaque são nutelatte (Nutella com leite), o ótimo de pistache, cerveja, menta, tiramisù, marrom glacê, baunilha e passas ao conhaque.


A Nonna Bianca possui serviço de entrega em domicílio e oferece embalagens para compras maiores. Duzentos e cinquenta gramas de sorvete saem por 16 pesos (R$6,40), quinhentos gramas custam 32 pesos (R$12,80) e um quilo vale 64 pesos (R$25,60).

A vida é feita de pequenos prazeres, e na Nonna Bianca eles começam logo na entrada, quando o cliente é tomado por um suave e delicioso cheiro de sorvete artesanal, que paira no ar sobre seus bancos, mesas e balcão de madeira.

E o ápice é a felicidade alcançada ao experimentar tão sublime doce.






NONNA BIANCA
Estados Unidos, 425 - San Telmo
Buenos Aires (Argentina)
Tel: 4362-0604