sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Coxinha de frango com Catupiry" (Empório Vila Árabe - Belo Horizonte, MG)



Ela agrada a crianças, jovens e adultos maduros, e está presente no lanche e nas festas de pessoas de todas as classes sociais. Eis a coxinha: o salgado mais amado do país. 

Curiosamente, a melhor coxinha de Belo Horizonte - lado a lado com a preparada no Leo Gourmmet - é servida em um empório árabe. 

Com R$5,80 é possível se deliciar com um farto salgado que beira a perfeição. 





A saborosa massa envolve o frango desfiado e bem temperado. Os minúsculos pedaços de cheiro verde melhoram o que já é muito bom. 



Crocante, ela envolve também o queijo cremoso. A excelente qualidade do mesmo me leva a crer que seja Catupiry. Se não for, está no mesmo patamar da marca que acabou virando sinônimo de requeijão. 







A coxinha é tão boa que dispensa o uso de qualquer molho disponível no balcão. Deixe as versões de alho e de pimenta para aquele salgado massudo e ruim da esquina da faculdade ou do trabalho. 





Outras duas versões estão disponíveis. A coxinha simples custa R$4,50 e a de camarão com requeijão vale R$6,80. 

O fluxo de clientes no Empório Vila Árabe é intenso. Por isso a coxinha está sempre quentinha, já que as bandejas saem da cozinha várias vezes durante o dia. 

Para acompanhar não há nada melhor que uma Coca-Cola gelada (R$3,80 a lata). 

Vale a pena experimentar também o quibe (R$4,50) e a esfiha fechada de carne (R$4,50). 





Além de salgados, a casa oferece pastas, doces e sanduíches libaneses. Frios e pratos congelados também são vendidos por ali. 



O Empório Vila Árabe funciona todos os dias, de 8h as 23h, aceita cartões de crédito e de débito, e fica na Rua Espírito Santo, 2762, no bairro Lourdes. 





O estabelecimento possui outras cinco unidades em BH. Portanto, basta escolher a mais perto e correr até lá para comer uma coxinha de respeito. 



EMPÓRIO VILA ÁRABE
Rua Espírito Santo, 2762 - Lourdes
Belo Horizonte, MG
Tel: (31) 3284-6686

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

"Limonada" (Limonada Mercado Central - Belo Horizonte, MG)

No Mercado Central de BH é possível se deliciar com os melhores queijos, doces de leite, goiabadas, pimentas, frutas e, é claro, com o clássico dos clássicos: bife de fígado acebolado com jiló

Mas é numa pequena e escondida loja que se encontra uma das pérolas do local: a "Limonada do Gabriel". 



Aberta em 1938 por um português de nome Américo, a Limonada Mercado Central é tocada pelo octogenário Gabriel Amorim Souza, que trabalha na loja desde 1948 e passou de funcionário a sócio e, mais tarde, a proprietário. 

Hoje, tem como companheiro de labuta seu filho mais velho, Antônio. "Quando aqui cheguei, o local ainda era chamado de Mercado Municipal e pertencia à Prefeitura", emociona-se Gabriel, que não gosta de posar para fotos. 



Sempre bem gelada, a deliciosa limonada é ótima para matar a sede e combater o calor. O copo grande custa R$3, e o pequeno sai por R$2. Ela é refrescante e doce na medida certa. 





A versão reforçada é ideal para quem gosta da bebida mais forte e ácida. 

Antes de servi-la, Antônio Amorim coloca uma boa dose de puro suco de limão espremido no copo, que pode custar R$6, se for o grande, e R$4, se for o pequeno. 





Sobre o balcão, um frasco de adoçante fica disponível para quem prefere a limonada não adoçada previamente. 

Algumas opções de salgados e também limonada com groselha (R$3 o copo grande, e R$2 o pequeno) são oferecidas. 

A loja acabou de passar por uma reforma e só aceita dinheiro como forma de pagamento. 

Funciona de segunda a sábado, de 7h as 18h, e não abre aos domingos, dia em que pai e filho tiram para descansar. 

Há 75 anos servindo uma ótima limonada, a banca do seu Gabriel é uma das que mais preservam as características originais do Mercado. 

Estar ali é como voltar no tempo da maneira mais doce e saborosa. 








LIMONADA MERCADO CENTRAL
Avenida Augusto de Lima, 744 - loja 45 (Mercado Central)
Belo Horizonte, MG

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

"Choquinho e bolinho da Alaíde" (Chico e Alaíde - Rio de Janeiro, RJ)



A tradição boêmia do Rio de Janeiro é leve, linda e informal graças a botecos como o Chico e Alaíde. 

Aberto em 2009, pode-se dizer que o bar é uma dissidência do Bracarense, pois foi lá que a mineira Alaíde e Francisco das Chagas Gomes, o Chico, trabalharam juntos por quase 20 anos. 



Alaíde era a responsável pelas delícias do Braca, enquanto Chico se tornou um dos garçons mais queridos da cidade. 

Foi ela quem criou o clássico bolinho de aipim com camarão e Catupiry, um dos pilares do Bracarense. 

Alaíde levou a receita para o seu bar, e cada bolinho, que agora leva o seu nome, custa R$4,20. 



É bem parecido com o do concorrente famoso. Mas é melhor, pois tem a cor mais viva, é mais temperado e tem massa mais leve, apesar de ser menos sequinho. Ponto para o Chico e Alaíde!



O cardápio oferece dezenas de opções entre petiscos, sanduíches, salgados e caldos. 

Alguns itens são semelhantes aos do Bracarense, como o bolinho de bacalhau (R$4,20 cada unidade), a empadinha de camarão (R$4,20 a unidade) e o sanduíche de pernil (R$13). 

Mas o que vale a ida ao boteco - além do bolinho da Alaíde - é o curioso choquinho. 



Trata-se de um camarão grande empanado, recheado com Catupiry e coberto por batata palha. 



O suculento camarão estoura na boca, enquanto a fina batata palha caseira dá a crocância ao petisco. O Catupiry é de verdade e não é usado em excesso. A função dele é confortar a alma de quem come.

O empanamento lembra um tempurá, e o legal é comer com as mãos, deixando a emoção rolar pelos dedos sem culpa alguma. 



Farto e saboroso, custa R$10 cada, e vai bem com o ótimo chope Brahma, a R$5,90 o copo com 300ml. 



Realmente os cariocas sabem tirar um bom chope. Afinal, é uma tradição da antiga capital do Brasil. 



Assim como ocorre no Bracarense, a dica é pedir para o garçom avisar quando saírem da cozinha os bolinhos e o choquinho, pois depois disso eles ficam à espera da clientela na estufa sobre o balcão. 









Com capacidade para 80 pessoas, o Chico e Alaíde vive cheio e está localizado numa esquina na parte boêmia do Leblon. A dica é chegar no final da tarde, quando boa parte das mesas ainda está disponível. 



O bar aceita cartões de débito e de crédito e funciona de segunda a quinta, das 11h:30 à meia-noite. Às sextas e sábados abre no mesmo horário e encerra os trabalho à uma da madrugada. E aos domingos abre às 11h:30 e fecha às 22h. 

O Chico e Alaíde é melhor que o Bracarense? 

A pergunta é difícil. Mas isso não importa. Afinal eles ficam no mesmo bairro e podem ser visitados no mesmo dia, como fez este blogueiro obcecado por novas aventuras pela baixa gastronomia. 




CHICO E ALAÍDE
Rua Dias Ferreira, 679 - Leblon
Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2512-0028
http://www.chicoealaide.com.br/

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

"Pastel de feijão + feijoada" (Bar do Mineiro - Rio de Janeiro, RJ)



Um boteco informal, apertado, num bairro histórico e que serve a feijoada mais famosa do Brasil. Este é o Bar do Mineiro. 

Localizado no Largo dos Guimarães, em Santa Teresa, o Bar do Mineiro foi fundado em 1992 pela família Paixão, que saiu de Carangola, na Zona da Mata mineira, para oferecer aos cariocas e aos turistas de todo o mundo uma feijoada de respeito, que já levou figuras como Anthony Bourdain, Quincy Jones e Washington Olivetto ao velho sobrado que fica em frente aos trilhos do bondinho, que, pelo menos por enquanto, está desativado. 



Aos sábados e domingos o bar tem suas cadeiras ocupadas antes do meio-dia. Portanto, o negócio é colocar o nome na lista e esperar na fila. 



Durante este tempo, a alternativa é se espremer no balcão e comprar uma cerveja estupidamente gelada para ajudar a passar o tempo na calçada. 

As garrafas de 600ml custam de R$9 (Antarctica, Skol e Brahma) a R$12 (Serra Malte, Brahma Extra e Heineken). A Original sai por R$10. 



Boa opção de entrada é a porção de pasteizinhos de feijão, que se tornou marca registrada da casa e custa R$28. 



Com massa tradicional, o pastelzinho frito é, na verdade, recheado com feijoada. Dentro dele tem feijão preto, carne seca e couve. 



Fique atento ao berro do garçom que controla a fila e, quando chegar a sua vez, se ajeite em uma das mesas do salão. 



Com paredes revestidas de azulejos, o bar tem ambiente festivo, com pessoas falando alto. Por isso, não é difícil escutar a conversa que rola ao lado, já que as mesas ficam muito próximas umas das outras. 



Responsável pelo colorido, a decoração apresenta cartazes, muitas fotos e artesanatos. Algumas marionetes representam figuras como Tim Maia, Michael Jackson e Bezerra da Silva. 







Amada e cantada em verso e prosa por cariocas de todas as regiões da cidade, e por gringos que lotam o boteco, a feijoada do Bar do Mineiro é servida de terça a domingo em três tamanhos: para uma (R$36), para duas (R$55) e para três pessoas (R$80). 



Ela chega escoltada por arroz, farofa, couve e laranja. Ou seja, pelos acompanhamentos clássicos, sem invencionices desnecessárias como vinagrete ou batata frita. 



A feijoada não é tão boa quanto a da minha mãe, mas é melhor do que a maioria das versões que encontramos facilmente em qualquer esquina. 



Muito saborosa, a costelinha de porco desmancha na boca, fazendo deste o melhor momento da refeição. Linguiça defumada, carne seca e bacon são as outras carnes do cozido, que, infelizmente, não oferece orelha e rabinho. 



Preparada na manteiga, a boa farofa é servida com torresmos, que ficam com a responsabilidade de ser o elemento crocante do prato. Ideia simples e genial. 

Já a couve refogada vai agradar em cheio a quem gosta dela mais passada. 



A participação da pimenta é obrigatória, e a laranja adiciona sabor, além de ajudar a absorver um pouco da gordura de um prato naturalmente pesado. 





Farta, a feijoada grande serve bem até quatro pessoas. Observando com atenção, o mais brasileiro dos pratos está presente em quase todas as mesas do estabelecimento. 



Além da feijoada, alguns pratos, como a rabada com batata e agrião (R$48) e a carne seca desfiada com purê de abóbora (R$62), também são servidos diariamente. 

De segunda a sexta, de 11h as 17h, o Bar do Mineiro serve PFs por R$15. 



O Bar do Mineiro aceita cartões de débito e de crédito e funciona de terça a domingo, a partir das 11 horas da manhã.  

Após pedir a conta na versão carioca do Bolão, é hora de esperar a ambulância, já que comer três pratos de feijoada, num sábado em que o termômetro marcava 39 graus, é mais ou menos como levar um cruzado de esquerda do Mike Tyson. 



BAR DO MINEIRO
Rua Paschoal Carlos Magno, 99 - Santa Teresa
Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 2221-9227
http://bardomineiro.net/